Atribuições sobrenaturais e alteridade: como estes temas podem conversar?


Evelyn Christine Amorim[1]

Karine Costa Lima Pereira[2]

Luciana Soares Rosas[3]

Resumo

As atribuições sobrenaturais são o processo pelo qual o indivíduo atribui características e explicações para a realidade. Tal processo possui aspectos biopsicossociais, contemplando uma variedade de disciplinas. Nos últimos anos, esta temática tem apresentado notório crescimento no Brasil, que é considerado como celeiro de grupos e casos sobrenaturais, dado sua multiplicidade religiosa. Exemplo deste conceito é o acontecimento do Déjà vu, vivência que pode ser compreendida como um despertar da sensação de familiaridade. A alteridade é entendida como o processo de percepção ampliada do outro como uma pessoa singular e subjetiva, ou seja, de qualificação do que é outro ou do que é diferente. Estes dois termos se relacionam e para cada um deles é necessário que haja um sujeito que percebe a realidade, relações e ambientes a partir de suas crenças, valores, tradições e práticas. Esta interlocução nos aponta a importância e desafio de, nos contextos acadêmicos, de pesquisa, de prática clínica, entre outros, abrir-se para a noção de que, o que individual do ser humano enquanto cidadão, pesquisador, clínico e o que é do outro, envolve aspectos muito mais amplos do que se pode dar conta com simplificado olhar.

[1] Psicóloga. Mestrado (em andamento) em Bioética pelo Programa de Pós-Graduação em Bioética (PPGB) da Pontifícia Iniversidade Católica do Paraná (PUCPR). E-mail: amorim_evelyn@hotmail.com

[2] Psicóloga. Mestre em Psicologia Clínica. Doutorado (em andamento) em Teologia PPGTeologia-PUCPR. Email:kpereira.psicologia@gmail.com

[3] Graduada em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Graduanda em Psicologia e Teologia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). E-mail: lucianasoaresrosas@gmail.com